Pernil Rock Fest

A 2ª edição do Pernil Rock Fest foi um estrondoso sucesso, mais uma vez surpreendendo todos os que se deslocaram à Quinta das Basílicas, bem como até a própria Desorganização de Eventos, que este ano conseguiu elevar o patamar de qualidade, quer em termos logísticos quer em termos de animação.

As grandes novidades deste ano foram as pulseiras de entrada, que se juntaram às já icónicas t-shirts PRF, bem como também as canecas personalizadas, que permitiram um menor desperdício de bebida, que este ano não se limitou à cerveja, havendo também sangria e whiskey.

Em termos de animação, este ano deu-se um salto qualitativo que surpreendeu até a organização, com a presença de 4 projectos musicais que "incendiaram" o recinto da festa.

A abertura oficial do Pernil Rock Fest foi dada por Tó Miguel, um dos mentores do projecto, que via telemóvel e directamente dos Açores, deu o tiro de partida para uma tarde-noite e madrugada inesquecíveis. Começaram os 4zero(-1), que abriram as hostes em formato de ensaio, na sua primeira apariçao pública, depois de 6 longos (?)... ensaios, e que tiveram como ponto alto a recordação de dois temas dos saudosos Chip Chip Zan Zan.

Depois vieram os Scape, que deram um espectáculo ao nível do do ano passado, apresentando as suas "covers" com uma inigualável qualidade e bom gosto na selecção das músicas. A simpatia e a personalidade desta banda liga-a umbilicalmente ao espirito do Pernil Rock Fest: Partilha! Os Scape partilharam tudo o que tinham com a Desorganização de Eventos, com todos os presentes e até com as outras bandas! Sem eles tudo seria muito mais difícil... e de certeza muito menos interessante e animado.

O terceiro momento musical do dia marcou a 2ª edição do PRF. "Salazar" é um nome que quem esteve na Quinta das Basílicas jamais irá esquecer.

Em tom ditatorial, este projecto, nascido em Trás-os-Montes, impôs o seu som sem contemplações, com uma energia que surpreendeu todos aqueles que tiveram o privilégio de assistir a uma actuação simplesmente memorável.

Com alguns originais e covers que andaram entre os Rage Against the Machine e os vários projectos de Mike Patton, passando até pelos Doors, os Salazar apresentaram-se com uma formação técnicamente perfeita, mas onde o destaque vai inteirinho para a energia do vocalista, que encarnou a alma do Rock'n Roll, fazendo do seu próprio corpo, para além da voz, um instrumento de comunicação simplesmente diabólico. E se me permitem uma nota pessoal, não posso deixar de dizer que ao longo de 15 anos de dezenas, quiçá centenas, de concertos, em Portugal e Espanha, foram raros os momentos em que recebi tamanha descarga de adrenalina e potência, tamanha descarga de alma do verdadeiro Rock´n Roll. E naquele momento, estranhei o facto de não estar em nenhum Sudoeste, Benicassim ou Pavilhão Atlântico: estava simplesmente em casa do Tiago a 100 metros de minha casa!! Aliás... estava no Pernil Rock Fest!!

O quarto momento musical foi... aparecendo, e desaparecendo, ao longo da noite! O apresentador desta edição do PRF Tiago L não deixou os seus créditos por vozes alheias e, para além da (re)apresentação de cada momento musical, presenteou o público com momentos musicais de boa disposição, entre a genialidade e o... "é pá, vê lá se te calas!"